Festival Nacional de Breaking chega à reta final com batalhas decisivas em Ceilândia
De 26 a 28 de setembro, a 9ª edição do “Quando as Ruas Chamam” reúne talentos de todo o Brasil no SESC Ceilândia, com entrada gratuita
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A contagem regressiva já começou: o Festival Nacional de Breaking “Quando as Ruas Chamam” desembarca em Ceilândia neste fim de semana, consolidando-se como um dos maiores encontros da cultura hip hop no Brasil. Apresentado pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC-DF), com apoio do SESC-DF por meio do programa Sesc + Cultura 2025, o evento acontece de 26 a 28 de setembro e promete dias intensos de dança, arte e resistência.
Nesta edição, o processo seletivo ganhou ainda mais destaque. Foram mais de 200 inscrições em vídeo enviadas de diferentes regiões do país, garantindo que B-boys e B-girls que não poderiam viajar até as etapas presenciais também tivessem chance de disputar. Já nas eliminatórias estaduais, realizadas no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pará, Mato Grosso e no Distrito Federal, a média foi de 40 competidores por seletiva — um retrato da força e da diversidade do Breaking nacional.
Além da disputa que definirá os grandes vencedores de 2025, o festival também reforça sua pluralidade com modalidades que vão do Crew Battle (grupos) ao Especial Battle (PcD), passando por duelos individuais, batalhas femininas e a consagrada Cypher Kings/Queens, aberta ao público presente.
Outro destaque é o Concurso Virtual de Graffiti, que neste ano estampou a identidade visual do evento com a arte do grafiteiro Dan (SP), escolhido em votação popular.
Para Alan Jhone, o B-boy Papel, idealizador e diretor do projeto, a realização em Ceilândia é simbólica: “Aqui foi onde tudo começou para mim. Trazer a final nacional para cá é reafirmar o poder transformador do hip hop, que muda vidas, conecta pessoas e coloca a periferia no centro da cultura”.
O evento, totalmente gratuito, espera receber milhares de pessoas durante os três dias, celebrando não apenas o Breaking como dança olímpica, mas também sua essência: acessível, vibrante e feita com paixão.
Sobre B-boy Papel
Nascido na Ceilândia, B-boy Papel exalta o lugar como caldeirão da cultura Hip Hop no Distrito Federal: “Aprendi tudo o que sei do Breaking na minha cidade, então nada melhor do que poder retribuir isso incentivando o turismo e mostrando para todo mundo como somos fortes não só na dança, mas nas artes de modo geral”. O agitador cultural também fala que seu maior desejo é quebrar os paradigmas existentes relacionados às pessoas que vivem naquela R.A. “Esse evento é a verdadeira celebração do Breaking nacional e a Ceilândia merece ser o palco dessa festa. Nada mais justo”, conclui.
É inquestionável o quanto o Breaking se tornou importante desde o seu surgimento no mundo todo. “Hoje, não somos só uma dança do Hip Hop, nós participamos do evento esportivo mais importante, que são as Olimpíadas. Isso mostra a nossa força, uma dança que surgiu nos guetos dos Estados Unidos e que hoje está nos maiores palcos do planeta. O Breaking é transformador e é fácil ver quantas pessoas tiveram suas vidas mudadas por ele”, destaca Jhone.
FINAIS NACIONAIS – 26 a 28 de setembro
SESC Ceilândia – QNN 27, Área Especial, Lote B – Ceilândia Norte
Entrada gratuita | Classificação Livre
26/09 (sexta)
14h30 – Abertura oficial do festival
Exibição do documentário "Hip Hop na Maturidade"
Palestra e debate com Pedrinho Festa (RS), criador do projeto Maturidade Urbana, sobre envelhecimento ativo e protagonismo do idoso no hip hop
Acessibilidade garantida: tradução em Libras
27 e 28/09 (sábado e domingo)
A partir das 14h – Disputas em todas as categorias
Apresentações da Banda Groove Attak (DF)
Performances livres nas Cyphers
Participação especial dos jurados:
Porteño (Argentina)
Fanny (GO)
Pedrinho (RS)
Discotecagem com os DJs:
Batata Killa (SP)
Sapo (DF)
No comando do microfone: MC Uiu (SP)