Fórum Nacional de Biossimilares defende expansão do acesso e aponta crescimento no BrasilFórum Nacional de Biossimilares defende expansão do acesso e aponta crescimento no BrasilBrasil já é o 8º maior mercado do mundo e setor produtivo emprega mais de 900 mil pessoas, segundo a PróGenéricos
Brasil já é o 8º maior mercado do mundo e setor produtivo emprega mais de 900 mil pessoas, segundo a PróGenéricos
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O Fórum Biossimilares no Brasil – Avanços Regulatórios e Sustentabilidade no Acesso reuniu, nesta quinta-feira (4/12), no auditório do Interlegis, no Senado Federal, mais de cem participantes entre parlamentares, especialistas, gestores públicos, pesquisadores, representantes da indústria e sociedade civil. Organizado pelo Instituto Brasileiro de Ação Responsável, o evento debateu a importância estratégica dos biossimilares para o Sistema Único de Saúde (SUS), destacando dados que confirmam seu impacto: o Brasil já se consolidou como o 8º maior mercado global. “Estamos diante de um setor que transforma vidas, amplia acesso e reposiciona a biotecnologia como um eixo de soberania nacional”, afirmou Clementina Moreira Alves, presidente do Instituto, ao abrir o encontro.
A agenda destacou que esses medicamentos biológicos de alta complexidade já representam 30% do mercado farmacêutico brasileiro, enquanto nos países desenvolvidos — EUA, União Europeia e Japão — sua participação ultrapassa 55% e chega a 70% em tratamentos oncológicos. A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) participou virtualmente e reforçou o papel dos biossimilares na ampliação do acesso para populações vulneráveis, especialmente pessoas com deficiência e pacientes com doenças raras. “Os biossimilares oferecem a mesma segurança e efetividade com menor custo. Isso significa mais equidade e mais SUS”, declarou. Representantes do Ministério da Saúde, como Priscila Limberger e Seila Tolentino, e da Anvisa, como Samara Furtado Carneiro e Diego Botelho Gaino, defenderam a regulação segura, a precificação transparente e o fortalecimento da produção nacional como pilares para expandir esse mercado de forma sustentável.
Clementina Moreira Alves, presidente do Instituto - créditos: divulgação
No painel técnico, a biomédica e especialista Mirna Poliana Furtado de Oliveira destacou que o país já possui 67 biossimilares registrados e deve ampliar esse número até 2026. A diretora de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rosane Cuber Guimarães, resgatou a trajetória histórica do tema e lembrou que o desafio inicial era romper a desconfiança. “Durante anos, biossimilar era visto como cópia. Hoje, sabemos que é tecnologia de ponta, segura, eficaz e essencial para o acesso”, afirmou. O médico reumatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Valderílio Feijó Azevedo, relacionou o avanço dos biossimilares às metas globais de redução da mortalidade por doenças crônicas. “Reduzir custos sem perder qualidade é condição obrigatória para enfrentar enfermidades que pressionam o sistema de saúde”, disse.
Fechando o evento, Tiago de Moraes, presidente-executivo da PróGenéricos, apresentou dados econômicos que reforçam a força do setor produtivo. Segundo ele, a indústria de genéricos e biossimilares gera 91 mil empregos diretos e mais de 800 mil indiretos no país. “O mercado cresce diariamente e demonstra maturidade tecnológica e capacidade de entrega. O primeiro biossimilar foi aprovado pela Anvisa em 2015 — em apenas uma década, o Brasil saltou para o protagonismo latino-americano”, destacou. Entre discussões sobre inovação, segurança regulatória e fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, o Fórum reafirmou que ampliar o uso de biossimilares não é apenas uma medida econômica, mas uma estratégia de soberania, acesso e qualidade de vida para milhões de brasileiros.O Fórum Biossimilares no Brasil – Avanços Regulatórios e Sustentabilidade no Acesso reuniu, nesta quinta-feira (4/12), no auditório do Interlegis, no Senado Federal, mais de cem participantes entre parlamentares, especialistas, gestores públicos, pesquisadores, representantes da indústria e sociedade civil. Organizado pelo Instituto Brasileiro de Ação Responsável, o evento debateu a importância estratégica dos biossimilares para o Sistema Único de Saúde (SUS), destacando dados que confirmam seu impacto: o Brasil já se consolidou como o 8º maior mercado global. “Estamos diante de um setor que transforma vidas, amplia acesso e reposiciona a biotecnologia como um eixo de soberania nacional”, afirmou Clementina Moreira Alves, presidente do Instituto, ao abrir o encontro.
A agenda destacou que esses medicamentos biológicos de alta complexidade já representam 30% do mercado farmacêutico brasileiro, enquanto nos países desenvolvidos — EUA, União Europeia e Japão — sua participação ultrapassa 55% e chega a 70% em tratamentos oncológicos. A senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) participou virtualmente e reforçou o papel dos biossimilares na ampliação do acesso para populações vulneráveis, especialmente pessoas com deficiência e pacientes com doenças raras. “Os biossimilares oferecem a mesma segurança e efetividade com menor custo. Isso significa mais equidade e mais SUS”, declarou. Representantes do Ministério da Saúde, como Priscila Limberger e Seila Tolentino, e da Anvisa, como Samara Furtado Carneiro e Diego Botelho Gaino, defenderam a regulação segura, a precificação transparente e o fortalecimento da produção nacional como pilares para expandir esse mercado de forma sustentável.
Clementina Moreira Alves, presidente do Instituto - créditos: divulgação
No painel técnico, a biomédica e especialista Mirna Poliana Furtado de Oliveira destacou que o país já possui 67 biossimilares registrados e deve ampliar esse número até 2026. A diretora de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Rosane Cuber Guimarães, resgatou a trajetória histórica do tema e lembrou que o desafio inicial era romper a desconfiança. “Durante anos, biossimilar era visto como cópia. Hoje, sabemos que é tecnologia de ponta, segura, eficaz e essencial para o acesso”, afirmou. O médico reumatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia, Valderílio Feijó Azevedo, relacionou o avanço dos biossimilares às metas globais de redução da mortalidade por doenças crônicas. “Reduzir custos sem perder qualidade é condição obrigatória para enfrentar enfermidades que pressionam o sistema de saúde”, disse.
Fechando o evento, Tiago de Moraes, presidente-executivo da PróGenéricos, apresentou dados econômicos que reforçam a força do setor produtivo. Segundo ele, a indústria de genéricos e biossimilares gera 91 mil empregos diretos e mais de 800 mil indiretos no país. “O mercado cresce diariamente e demonstra maturidade tecnológica e capacidade de entrega. O primeiro biossimilar foi aprovado pela Anvisa em 2015 — em apenas uma década, o Brasil saltou para o protagonismo latino-americano”, destacou. Entre discussões sobre inovação, segurança regulatória e fortalecimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, o Fórum reafirmou que ampliar o uso de biossimilares não é apenas uma medida econômica, mas uma estratégia de soberania, acesso e qualidade de vida para milhões de brasileiros.
