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José Maciel inaugura exposição “RAÍZES — Heranças Visuais” no Panteão da

Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, a partir de 28 de novembro

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Tátika Comunicação e Produção

11/13/20253 min read

O artista visual e advogado José Maciel apresenta sua nova exposição “RAÍZES — Heranças Visuais”, que será inaugurada no dia 28 de novembro, no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, localizado na Praça dos Três Poderes. A mostra, com curadoria de Danielle Athayde e Cláudio Pereira e coordenação geral do Instituto Artetude Cultural, reúne cerca de cinquenta obras recentes, incluindo desenhos, pinturas, esculturas em ferro vazado e objetos cenográficos, como totens e seixos rolados pintados.
A exposição propõe uma reflexão simbólica e poética sobre as múltiplas origens que nos formam como indivíduos e como nação. O conceito de “raízes” vai além do biológico ou territorial, convidando o público a uma imersão nas camadas de memória e identidade que nos constituem. Maciel revisita o passado histórico e pessoal por meio de sua arte, trazendo à tona afetos, lembranças e símbolos que se reconfiguram no presente, em um jogo dinâmico de tempos e sentidos.
O Panteão da Pátria e da Liberdade, projetado por Oscar Niemeyer, oferece o cenário perfeito para esse encontro entre memória e identidade. O monumento, concebido como um local de celebração da história e do imaginário nacional, amplia a potência simbólica das obras de Maciel, propondo um diálogo profundo com heróis da história brasileira, figuras mitificadas e ícones culturais que dialogam com a multiplicidade e a contradição da identidade nacional.
A partir de uma reflexão sobre o Brasil contemporâneo e suas raízes culturais, a obra de Maciel evoca a tensão entre o Brasil mítico e o Brasil atual, entre o projeto moderno de nação e as contradições de sua formação histórica. Esse confronto ressurge de maneira semelhante ao Brasil antropofágico retratado por Macunaíma, personagem icônico de Mário de Andrade.
Na abertura da exposição, será lançado um catálogo de capa dura, com 120 páginas, reunindo as últimas pinturas de Maciel, além de esculturas e trabalhos em pedras. O livro, elaborado por Adriana Maciel e publicado pela Editora Numa, terá tiragem limitada de 700 exemplares, disponíveis em livrarias de Brasília.
A mostra “Raízes — Heranças Visuais” também enfatiza a conexão entre a arte de Maciel e as obras de grandes nomes da arquitetura e das artes visuais, como Oscar Niemeyer, João Câmara Filho, Athos Bulcão, Marianne Peretti e Bruno Giorgi, cujas peças fazem parte do próprio Panteão. Essa convivência de diferentes linguagens estabelece um campo de tensão poética entre o monumental e o sensível, entre o heroico e o cotidiano, ampliando o diálogo entre gerações e tempos.
“O Panteão é um monumento aos heróis da Pátria e é um espaço pouco visitado internamente. Achei que seria um lugar especial para a exposição, porque sinto necessário ter coragem para que meu trabalho na pintura seja lembrado na história”, afirma Maciel. “Como advogado, acho que sou o único a ter uma árvore com meu nome plantada no Bosque dos Ministros do Supremo, ao lado do Panteão. Como pintor, acho que meus quadros expostos neste monumento completam minha história, que se integra na arte e no direito”, complementa.
José Maciel é conhecido por uma obra multifacetada, que transita entre a figuração e o expressionismo, com forte influência de Iberê Camargo. Sua prática artística, ligada às memórias afetivas e ao subconsciente coletivo, explora formas e figuras que ganham autonomia, convidando à reflexão sobre a relação entre indivíduo e coletivo. Seu processo criativo é dinâmico: vida e obra se fundem em um universo pulsante e sensível.
Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves — projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1986 — é um dos marcos arquitetônicos de Brasília. Destacam-se o Painel da Inconfidência (João Câmara Filho), o Mural da Liberdade (Athos Bulcão), vitrais e esculturas de Marianne Peretti, a obra Tiradentes (Bruno Giorgi) e o Livro de Aço, que homenageia figuras como Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Juscelino Kubitschek.