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Primeiro ano do Circuito Transpetro STU Paraskate também se encerra em Porto Seguro

Paraskatistas Vini Sardi, Tony Alves e Nando Araújo se aprofundaram sobre o momento que o paradesporto vive no Brasil

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SMG - Comunicação & Marketing -

11/28/20254 min read

Vini Sardi, Tony Alves e Nando Araújo, três dos principais paraskatistas do Brasil, foram recebidos nesta sexta-feira (28/11) por Rosinaldo Santos, coordenador técnico da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Seguro, e bateram um longo papo com a imprensa sobre o momento vivido pelo paradesporto. E o Circuito Transpetro STU Paraskate, em seu primeiro ano de existência, tem sua etapa de encerramento na modalidade Park neste fim de semana, no Complexo de Esporte e Lazer do Mamagaya.

Rosinaldo Santos, coordenador técnico da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida da SMS de Porto Seguro

“O STU é um dos eventos que a Prefeitura de Porto Seguro vem apoiando para divulgar também o paradesporto aqui. E o Paraskate vem se destacando. Mas tem outras ações que a gente tem trabalhado nesse planejamento. Nossa cidade tem 22 mil pessoas com deficiência. A gente tem implementado políticas públicas que venham, de fato, incluir a pessoa com deficiência e mobilidade reduzida na sociedade. Então, quero fazer um convite para que todos venham fazer parte desse show. Traga seu filho, traga a pessoa com deficiência, com autismo, tira ele de casa. Façamos essa inclusão na sociedade, no esporte, no paradesporto”.

Vini Sardi

“É minha primeira vez em Porto Seguro e estou muito feliz. No ano passado tivemos o Paraskate aqui, mas, infelizmente, por conta de agenda, não consegui vir. Mas acompanhei a transmissão ao vivo e fiquei babando por essa pista, louco para andar nela. É de alto nível, mas é mais complexa do que tinha imaginado. Mas tenho certeza de que será muito legal. Ainda mais aqui no Nordeste, de onde saiu o grande representante do Paraskate, o pernambucano Og de Souza, referência para todos nós. Lembro bem quando tudo se oficializou, o primeiro campeonato que fizemos, em 2016, um Brasileiro da CBSk lá em Madureira, no Rio. E só vem crescendo desde então, com vários outros campeonatos. E o nível só aumenta, com o pessoal se forçando a evoluir mais, tanto no Park quanto no Street. Nosso foco e maior sonho, como sempre digo, é a introdução na Paralimpíada. Estamos trabalhando muito para isso e acredito que, com todo esse movimento junto com o STU, a Associação Brasileira de Paraskate e todo mundo que abraça essa causa, conseguiremos um dia. A cada evento surge um paraskatista com uma deficiência diferente, o que é muito bom, porque nossa dificuldade, hoje, é encontrar novos atletas, e de classificações funcionais distintas. Sem falar na importância de trazermos meninas também, que são poucas. Quero aproveitar para fazer um agradecimento também a Transpetro, que chegou com tudo esse ano como patrocinador oficial e exclusivo, fundamental nessa corrida. Lembro de o skate ter entrado na minha vida quando jogava os jogos do Tony Hawk no videogame. Mas só decidi andar aos 16 anos, mesmo sem saber se conseguiria. E iniciei com as minhas próteses. Só que elas quebraram. Foi quando tomei a melhor e maior decisão da minha vida, que foi andar sem elas. Tinha muita dificuldade em aceitar a minha deficiência. Mostrar para todo mundo como eu realmente sou foi uma quebra de barreira muito grande, tanto física quanto psicológica”.

Tony Alves

“Também é minha primeira vez em Porto Seguro. E na Bahia também. Sempre quis conhecer, é mesmo um lugar incrível, com belas praias. E como o Vini disse, a pista é bem mais difícil do que eu imaginava. Também não consegui vir no ano passado, mas fiquei estudando ela pelas lives. Achava que seria um pouco mais fácil, mas não. É bem desafiadora. Fiquei quebrando a cabeça para conseguir montar uma linha, mas deu certo. Vamos tentar finalizar o ano daquele jeito, com alto nível de skate, com manobras novas, estilos diferentes. Quanto ao meu início, como nasci sem as pernas, o skate entrou muito cedo na minha vida. Com 2 anos de idade, ele já surgiu até como um meio de locomoção, mais prático do que cadeira de rodas ou perna mecânica, que nunca gostei de usar. E foi muito natural a progressão do ‘só andar’ para começar realmente a manobrar. Aprendi com o tempo e comecei a disputar os campeonatos. E a cada ano eu passei a progredir. Até chegar o Paraskate, uma mudança bem grande na minha evolução no skate”.

Nando Araújo

“É a minha segunda vez aqui em Porto Seguro. Ano passado vim para a etapa na modalidade Street. Foi muito maneiro, com uma galera de alto nível. Como eles disseram, achei que a pista de Park fosse mais tranquila, mas percebi que não. Para conectar uma linha, no meu caso, é bem difícil. Cheguei uns dias mais cedo para treinar um pouco mais nela, mas a chuva não deixou. Eu e Vini já começamos a ficar desesperados (risos). Mas ontem, graças a Deus, ela deu uma trégua já no fim da tarde e conseguimos nos achar. E não posso deixar de fazer um elogio: a cidade é bem acessível. Gostei muito de me locomover por aqui, achei muito fácil. E olha que passo por várias cidades no Brasil. Como essa aqui, não tem igual em termos de acessibilidade. É isso! Estamos aqui para mostrar que o skate é um esporte inclusivo e que os PCDs também podem andar, os visuais, os físicos, qualquer um. Ganhei meu primeiro skate aos 5 anos e ficava brincando com meu irmão, descendo ladeira. Aos 10, deixei ele de lado e fui fazer outros esportes. Até comprar outro, aos 22 anos, e falar: ‘Vamos andar de skate’. E sofri bastante preconceito por ser cego. Mas hoje sou o primeiro deficiente visual reconhecido como profissional pela CBSk”.

O Circuito Transpetro STU Paraskate em Porto Seguro tem como patrocinador master o Banco BV e patrocínios de Transpetro, Red Bull, Heineken 0.0, Prefeitura de Porto Seguro, Ministério do Esporte e Governo Federal. Com homologação da CBSk, tem apoio da FASEB (Federação de Skate da Bahia), da ABPSK e da Drop Dead. Além disso, tem como parceiros especiais Instituto Heineken, Eletromidia e Brasil Embratur.

PROGRAMAÇÃO:

Sábado (29/11)

10h – Abertura para o público

10h10 às 13h – Fase 1 Park masculino

14h10 às 15h30 – Semifinal Park feminino

15h40 às 17h – Fase 2 Park masculino

Domingo (30/11)

10h – Abertura para o público

10h25 às 12h – Semifinal Park masculino

13h15 às 14h10 – Final Paraskate Park

14h10 às 14h25 – Premiação Paraskate Park

14h45 às 15h40 – Final Park feminino

15h40 às 15h50 – Premiação Park feminino

16h às 16h55 – Final Park masculino

16h55 às 17h05 – Premiação Park masculino