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Última chance: performance circense Mão encerra temporada em Brasília neste fim de semana

Espetáculo dirigido por Renato Linhares se despede do público com apresentações gratuitas no CCBB e no Eixão do Lazer

CULTURADESTAQUE

Adriana Morais - Conteúdo Comunicação

9/16/20255 min read

Depois de três finais de semana de ocupações em diferentes pontos do Distrito Federal, a performance circense Mão chega à reta final. Dirigida pelo artista gaúcho Renato Linhares (Intrépida Trupe e Foguetes Maravilha), a intervenção urbana mistura circo, dança e artes visuais em um ritual coletivo de construção. As últimas apresentações acontecem neste sábado, 20, às 16h, no CCBB Brasília, e no domingo, 21, às 15h30, no Eixão do Lazer, altura da 102 Sul. A entrada é gratuita.

Em tempo real, os performers Adelly Costantini, Fernanda Más, Carolina Cony, Daniel Elias, Ernesto Poittevin, Fábio Freitas e Marcelo Callado erguem diante do público uma estrutura de ferro e madeira de oito metros de altura. Entre acrobacias e gestos coreografados, o espetáculo convida a refletir sobre a força coletiva do trabalho artesanal que sustenta o circo — e sobre o instante que antecede o salto, o voo e o “frio na barriga”.

“A ideia era criar uma intervenção que revelasse a mão circense: o toque, a construção, a ação coletiva do artista de circo. Uma obra articulada, inconsciente e extrema, como a própria mão”, explica Renato Linhares, performer, coreógrafo e encenador responsável pela direção.

O resultado, segundo ele, é uma coreografia operária que revela sons, encaixes e estruturas invisíveis que antecedem o espetáculo. “É um ritual que dá a ver a espessura do ferro que segura a lona, o peso da estaca que a mantém de pé, suas equações estruturais, seus barulhos não musicais, seus encaixes únicos, e aquilo tudo que vem antes do salto, do voo, do frio na barriga”, completa.

Cena

Em cena, os performers executam movimentos ordinários de uma construção, como aparafusar e encaixar. Durante a edificação, os artistas se equilibram em uma enorme rampa de madeira, com saltos, acrobacias e giros, possibilitando aos passantes uma espécie de viagem no tempo.

“Decidimos levantar uma estrutura em cena e fazer do deslocamento de tubos, ferros, porcas e parafusos uma experiência concreta para poder viajar no tempo, pois construir uma estrutura em um espaço de passagem público pertence à cultura arcaica. Por séculos e séculos pequenos e grandes mundos utópicos foram construídos e destruídos a olhos nus. Pontes, torres, pirâmides, casas, cidades inteiras edificadas e demolidas pelo tempo e pelos homens. Entre grandes incêndios e guerras territoriais, por vezes, vislumbramos distraídos a chegada do circo. Entre colonizações e evoluções tecnológicas, sob nossos olhos, e no decorrer do tempo, vimos o circo se montar e partir, deixando um efêmero rastro de truques e milagres”, comenta Renato Linhares.

Ao final da performance, a grande estrutura é tombada, invertendo seu ângulo, dando-lhe uma nova forma. Inúmeras reações invadem a plateia, que é surpreendida ao ver o gigante objeto, construído diante de seus olhos, sendo deitado no chão. Uma imensa tela verde é usada para cobrir a estrutura, e o interior da tela é preenchido pela aparição de uma fumaça vermelha, que perpassa por ela atingindo o céu. O espetáculo finaliza. Os artistas partem. Ao som de uma música épica, deixam na praça uma enorme escultura. O circo.

Segundo Adelly – idealizadora do projeto, produtora e uma das performers – Mão é uma obra multidisciplinar, feita a muitas mãos, por circenses, bailarinos, músicos e arquitetos. “Em cena, discutimos o ‘trabalho’, a obra edificada fora da galeria, a mão de quem faz a obra, a cidade em obra. É circo em Happening ou uma ode aos trabalhadores”, acrescenta.

Desde a estreia em 2016, Mão já circulou por diversos tipos de público em museus, avenidas, escolas, comunidades, centros urbanos, periferias e também em festivais de circo, dança e performance dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo e, pela primeira vez, será vista pelos mineiros. “É uma obra democrática. Sua passagem cria a expectativa ao risco, ao acerto, à possível falha humana. Gostamos da galeria enquanto espaço de exposição de uma obra. Mas gostamos de levar a obra também para avenidas ou parques. Diante dos diversos cenários, pequenas adaptações sempre podem ocorrer. Muitas vezes invadimos a praça dentro de um caminhão, outras vezes o caminhão não tem acesso. O único cenário ideal é que haja um solo firme para erguer a obra”, conclui Adelly.

Acessibilidade   

A ação “Vem pro CCBB” conta com uma van que leva o público, gratuitamente, para o CCBB Brasília. A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso e a experiência cultural dos visitantes.   

A van fica estacionada próxima ao ponto de ônibus da Biblioteca Nacional. O acesso é gratuito, mediante retirada de ingresso, no site, na bilheteria do CCBB ou, ainda, pelo QR Code na própria van. Lembrando que o ingresso garante o lugar na van, que está sujeita à lotação, mas a ausência de ingresso não impede sua utilização. Uma pesquisa de satisfação do usuário pode ser respondida pelo QR Code, que consta do vídeo de divulgação exibido no interior do veículo.

Horários da van – de quinta a domingo:   

Biblioteca Nacional – CCBB: 13h, 14h, 15h, 16h, 17h, 18h, 19h e 20h   

CCBB – Biblioteca Nacional: 13h30, 14h30, 15h30, 16h30, 17h30, 18h30, 19h30, 20h30 e 21h30 

Sobre o CCBB Brasília

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília (CCBB Brasília) foi inaugurado em 12 de outubro de 2000. Sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis.

Com projeto paisagístico assinado por Alda Rabello Cunha, dispõe de amplos espaços de convivência, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e performances.

Além disso, oferece o Programa Educativo CCBB Brasília, projeto contínuo de arte-educação, que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o visitante da programação em cartaz, acolhendo o público espontâneo e, especialmente, estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e instituições, por meio de visitas mediadas agendadas.

Em 2022, o CCBB Brasília se tornou o terceiro prédio do Banco do Brasil a receber a certificação ISO 14001, cuja renovação anual ratifica o compromisso da instituição com a gestão ambiental e a sustentabilidade.

Ficha técnica

Com: Adelly Costantini, Fernanda Más, Carolina Cony, Daniel Elias, Ernesto Poittevin, Fábio Freitas e Marcelo Callado.

Direção: Renato Linhares.

Direção técnica: Daniel Elias.

Cenografia/Arquitetura: Estúdio Chão/ Adriano Carneiro de Mendonça e Antonio Pedro Coutinho.

Trilha sonora original: Ricardo Dias Gomes.

Produção executiva: Jenny Mezencio

Coordenação de produção: Adelly Costantini

Produção local: Luférris

Agenda das apresentações:

20 de setembro (sábado) – 16h – CCBB Brasília – sessão com acessibilidade de audiodescrição

21 de setembro (domingo) – 15h30 – Eixão Sul – altura da 102 Sul

SERVIÇO

Performance Circense Mão

Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

Local: CCBB Brasília 

Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul 

Período: de 30 de agosto a 21 de setembro, sempre aos sábados e domingos

Ingressos gratuitos, mediante retirada no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília.

Classificação indicativa: Livre

CCBB Brasília  

Aberto de terça a domingo, das 9h às 21h  

E-mail: ccbbdf@bb.com.br   

Fone: (61) 3108-7600  

E-mail: ccbbdf@bb.com.br  

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